SAÚDE

Campinas debate avanços no Plano de Segurança Alimentar e Gestão de Desastres
Reunião intersetorial define metas para reforçar a segurança alimentar e a resposta a desastres. Objetivos para o segundo Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional nortearam o encontro


Sidnei Furtado, diretor da Defesa Civil de Campinas, falou sobre as etapas do trabalho desenvolvido quando ocorrem desastres: "lidar com o inesperado"

Uma reunião entre a Comissão Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) e a Defesa Civil de Campinas foi realizada nesta terça-feira, 10 de junho, na Sala de Resiliência a Desastres, localizada no Paço Municipal. O encontro teve como finalidade definir metas para o Segundo Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, com vistas ao fortalecimento da capacidade de resposta do município diante de adversidades, como pandemias e outros eventos de grande impacto, além da consolidação de um sistema alimentar resiliente.



Durante a reunião, discutiu-se a importância de um ciclo completo de gestão de desastres, abrangendo as etapas de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. Essa abordagem foi considerada essencial para garantir a continuidade da segurança alimentar em cenários de crise, prevenindo situações de sobrevivência do mais forte, conforme exemplificado em debates sobre ajuda humanitária internacional.



"A segurança alimentar é um direito básico, e o município precisa estar preparado para garanti-lo mesmo em contextos extremos. A definição de metas concretas e a revisão de protocolos são os fundamentais para assegurar que ninguém fique desamparado em momentos de crise", declarou Vandecleya Moro, secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.



A experiência de Campinas na gestão de desastres foi um dos pontos centrais da discussão. Debateu-se também o desafio da padronização de termos e critérios utilizados nos relatórios de desastres.



Foi destacado que a falta de definições claras para conceitos como dano, desastre e prejuízo pode resultar na rejeição de relatórios, o que compromete a decretação do estado de emergência e o consequente o a recursos.



Durante o encontro, enfatizou-se também a necessidade de planejamento e definição precisa da capacidade de resposta de cada secretaria. Indicadores como a presença de 30 vagas em abrigos municipais ou a existência do potencial de armazenamento de quatro mil cestas básicas em estoque foram mencionados, porém ressaltou-se a importância de uma coordenação intersetorial eficaz.



A pandemia de COVID-19 foi apontada como marco de aprendizado, especialmente quanto à relevância de contratos pré-negociados e à flexibilidade legal para aquisições emergenciais. A inclusão da alimentação de animais nos planos de contingência também foi abordada no encontro.



A integração entre secretarias, como a de Desenvolvimento e Assistência Social e de Saúde, foi considerada fundamental para a padronização de protocolos. Apesar do reconhecimento da importância da tecnologia, identificaram-se obstáculos, como a necessidade de um mapa de conectividade específico para situações de grandes desastres.



Embora Campinas disponha de uma estrutura de resposta a desastres considerada robusta, os participantes reconheceram a necessidade de aperfeiçoamento contínuo. Uma das deliberações foi a formalização de protocolos operacionais, de modo a garantir sua execução independentemente das equipes envolvidas. Também foram discutidos temas como a gestão de doações, a elaboração de notas técnicas para distribuição de alimentos e a participação da Vigilância Sanitária no e a voluntários. Reafirmou-se o papel estratégico das escolas como pontos de preparo e distribuição de alimentos em contextos emergenciais. "A estrutura de Campinas é robusta, mas precisa de ajustes contínuos para lidar com o inesperado", afirmou Sidnei Furtado, diretor da Defesa Civil de Campinas.



Concluiu-se que a agilidade nas respostas e a superação de entraves legais devem constituir prioridades. Espera-se que o Segundo Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional se consolide como um guia prático de proteção à população em tempos de crise, promovendo maior resiliência e capacidade de preparação no âmbito municipal.


Fale conosco no WhatsApp




COMENTÁRIOS







VEJA TAMBÉM



SAÚDE  |   06/06/2025 11h13

Campinas - SP
 




SAÚDE  |   26/05/2025 12h19

Campinas - SP
 

SAÚDE  |   22/05/2025 13h38

Campinas - SP